Na décima edição do projeto natalino Árvore Solidária, desenvolvido pelos servidores do Departamento de Trânsito de Pernambuco, crianças e idosos são "adotados", por um dia. Dessa forma, o acolhimento vira estratégia de educação de trânsito.
Foto: Cláudio Eufrausino. |
“Uma sociedade só se torna realmente justa quando o bem significa a coincidência entre o que se faz e o que se diz”. Com esta paráfrase do
pensamento de Paulo Freire, a servidora do DETRAN-PE, Cinthia Gabriela, resumiu
o espírito do projeto Árvore Solidária, que, na manhã de hoje, completou dez
anos de existência, amadurecendo uma nova metodologia de educação de trânsito.
O que poderia ser encarado como somente uma ação de
caridade, baseada na distribuição de presentes e roupas, é, na verdade, uma
estratégia de educação para o trânsito sem focar a educação de trânsito.
E como danado é isso?
A resposta é: preparando o terreno para que os futuros
condutores sejam pedestres num sentido mais amplo do que simplesmente andar a pé, isto é, estimulando os pequenos a praticar a gentileza, prudência, respeito e solidariedade.
Por este motivo, a coordenadora do evento, Virgínia
Valdomiro, decidiu que, a partir de 2017, o Projeto Árvore Solidária, passa a atender também
pessoas idosas, contemplando cerca de 1000 pessoas.
“O verdadeiro sentido da caridade não é quem tem
mais mostrar que pode ajudar quem tem menos, mas sim demonstrar que todos juntos podem se
ajudar a superar seus limites e a conviver com suas diferenças.”.
Ao aprender a ser verdadeiramente solidária, a criança está
aprendendo também a prática da direção defensiva, que significa antes de tudo o
zelo pela segurança dos outros, tendo em vista que as hierarquias entre os
seres humanos não são fixas e imutáveis.
No trânsito/vida, todos ocupam tanto posições em que estão
vulneráveis como aquelas em que estão fortes. E, portanto, todos são capazes de
proteger num dado momento como, em outro, estão aptos a ser protegidas.
Aparentemente frágil, o Palhaço Pinóquio desafia as
limitações da terceira idade e, durante o ano inteiro, viaja por diferentes
rincões de Pernambuco com a missão de levar alegria e encantamento às crianças.
Na bagagem: uma cama elástica, uma máquina de fazer algodão doce e um arsenal
de técnicas circenses.
Pinóquio esteve presente, com toda a sua verdade, na festa
do projeto Árvore Solidária, tendo seu talento aplaudido de pé pelos arte-educadores da Turma do Fom-Fom.
Durante o evento, a cantora Nena Queiroga, acostumada a
grandes palcos com sofisticado sistema de som, rendeu-se ao improviso e
misturou-se com a criançada, cantando sucessos do repertório infantil.
Não menos brilhante foi a apresentação da servidora Malu
Marinho que também encantou os piás com sua musicalidade. Nos bastidores, Malu,
por meio da maquiagem, realçava a beleza de senhoras idosas, vindas de abrigos para a festa.
No final do evento, o Papai Noel, vivido pelo servidor
Thiago Dellon, completou a colheita dos frutos gerados pela Árvore Solidária.
“O futuro do trânsito depende da qualidade das sementes que
plantarmos no coração das crianças. A solidariedade, certamente, é uma das
sementes mais férteis e com maior potencial para estimular a cultura da paz”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário