15 de dezembro de 2017

Árvore solidária: conheça esta inusitada estratégia de educação de trânsito

Na décima edição do projeto natalino Árvore Solidária, desenvolvido pelos servidores do Departamento de Trânsito de Pernambuco,  crianças e idosos são "adotados", por um dia. Dessa forma, o acolhimento vira estratégia de educação de trânsito.

Foto: Cláudio Eufrausino.


“Uma sociedade só se torna realmente justa quando o bem significa a coincidência entre o que se faz e o que se diz”. Com esta paráfrase do pensamento de Paulo Freire, a servidora do DETRAN-PE, Cinthia Gabriela, resumiu o espírito do projeto Árvore Solidária, que, na manhã de hoje, completou dez anos de existência, amadurecendo uma nova metodologia de educação de trânsito.

O que poderia ser encarado como somente uma ação de caridade, baseada na distribuição de presentes e roupas, é, na verdade, uma estratégia de educação para o trânsito sem focar a educação de trânsito.

E como danado é isso?

A resposta é: preparando o terreno para que os futuros condutores sejam pedestres num sentido mais amplo do que simplesmente andar a pé, isto é, estimulando os pequenos a praticar a gentileza, prudência, respeito e solidariedade.

Por este motivo, a coordenadora do evento, Virgínia Valdomiro, decidiu que, a partir de 2017, o Projeto Árvore Solidária, passa a atender também pessoas idosas, contemplando cerca de 1000 pessoas.

“O verdadeiro sentido da caridade não é quem tem mais mostrar que pode ajudar quem tem menos, mas sim demonstrar que todos juntos podem se ajudar a superar seus limites e a conviver com suas diferenças.”.

Ao aprender a ser verdadeiramente solidária, a criança está aprendendo também a prática da direção defensiva, que significa antes de tudo o zelo pela segurança dos outros, tendo em vista que as hierarquias entre os seres humanos não são fixas e imutáveis.

No trânsito/vida, todos ocupam tanto posições em que estão vulneráveis como aquelas em que estão fortes. E, portanto, todos são capazes de proteger num dado momento como, em outro, estão aptos a ser protegidas.

Aparentemente frágil, o Palhaço Pinóquio desafia as limitações da terceira idade e, durante o ano inteiro, viaja por diferentes rincões de Pernambuco com a missão de levar alegria e encantamento às crianças. Na bagagem: uma cama elástica, uma máquina de fazer algodão doce e um arsenal de técnicas circenses.

Pinóquio esteve presente, com toda a sua verdade, na festa do projeto Árvore Solidária, tendo seu talento aplaudido de pé pelos arte-educadores da Turma do Fom-Fom.

Durante o evento, a cantora Nena Queiroga, acostumada a grandes palcos com sofisticado sistema de som, rendeu-se ao improviso e misturou-se com a criançada, cantando sucessos do repertório infantil.

Não menos brilhante foi a apresentação da servidora Malu Marinho que também encantou os piás com sua musicalidade. Nos bastidores, Malu, por meio da maquiagem, realçava a beleza de senhoras idosas, vindas de abrigos para a festa.

No final do evento, o Papai Noel, vivido pelo servidor Thiago Dellon, completou a colheita dos frutos gerados pela Árvore Solidária.


“O futuro do trânsito depende da qualidade das sementes que plantarmos no coração das crianças. A solidariedade, certamente, é uma das sementes mais férteis e com maior potencial para estimular a cultura da paz”.











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